22 abril 2010

Levantando Peso




Anos atrás me dei conta que a juventude já não estava a meu favor. Decidi, portanto, fazer academia e praticar levantamento de peso. Designaram-me um "personal trainer" que tomou minhas medidas e preparou uma tabela mostrando os exercícios que deveria fazer. Guardei a tabela em uma gaveta de arquivo da academia tal como os demais membros. 



Fiel e regularmente me exercitei, registrando meu progresso, que achava notável. Meses mais tarde, ao chegar para fazer meus exercícios habituais, descobri que o arquivo tinha sumido. Fui informado pelos administradores que as tabelas foram jogadas fora. Explicaram que não sabiam quantas pessoas mantinham registros pessoais. Além disso, um deles afirmou, não era sua responsabilidade cuidar de tabelas de todo mundo. 



O descarte negligente das tabelas, juntamente com a complacência dos empregados, me deixaram furioso. Poderia facilmente tê-las guardado em minha sacola, se soubesse que eles iriam jogá-las fora. Depois o administrador colocou cartazes nas vagas do estacionamento próxima da entrada, reservando-as para o proprietário e gerentes. Tornou-se comum ver o estacionamento lotado, com carros estacionados na rua, enquanto quatro ou cinco vagas especiais, ao lado da porta, permaneciam desocupadas para a eventualidade do dono dar uma passada por lá. Estas ações, separadamente, não pareceriam de grande importância, mas comunicaram uma mensagem bem clara: o administrador tinha pouco interesse nas necessidades de seus membros. 



Como era de se esperar cancelei minha inscrição e fui para outra academia. Agora, 30 anos mais tarde, eu ainda me exercito levantando peso regularmente, buscando permanecer em forma e saudável, apesar da idade. Tenho a forte suspeita que posso estar em melhor forma hoje que quando tinha 30 anos. É claro, nunca vou saber com certeza, já que aquela academia destruiu minha tabela e registros, deixando-me sem dados para fazer uma comparação. 



Como homem de negócios transformei esta experiência negativa em positiva. Tendo consciência da importância de meus clientes e que, sem eles, minha empresa deixaria de existir, me esforço conscientemente para colocar suas necessidades e interesses em primeiro lugar nas minhas decisões. Poderia pensar que, “A empresa é minha, e eu faço o que quero”, mas entendi por experiência própria que essa filosofia não seguraria os clientes por muito tempo.



Na Bíblia encontramos um princípio que se aplica a situações assim: “Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerem os outros superiores a si mesmos. Cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros” (Filipenses 2.3-4).  As primeiras duas palavras desse texto servem como bom conselho.



Se deixar de considerar as necessidades ou os interesses dos outros em qualquer ação que planeje adotar melhor seria não fazer nada.


Por Jim Mathis

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"Respondeu-lhes: Esta casta não pode sair de modo algum, salvo à força de oração e jejum". Marcos 17; 21